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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Resenha do livro "A Cidade e As Serras" de Eça de Queirós.

Autor: Queirós, Eça de. Editora: Saraiva de Bolso.

A obra A cidade e as serras de Eça de Queirós publicada postumamente é narrada em Paris do século XIX, e tem foco principal o contraste entre a Cidade e a Serra, daí o título.
A narrativa é simples, de fácil compreensão, evidenciando a soberania da Simplicidade sobre o Artificialismo das Cidades. O autor dividiu o livro em dois blocos aparentemente iguais.

O primeiro é a vida de Jacinto na Cidade. Fica claro aqui como a sociedade urbana vive de aparências - desde uma enorme biblioteca de livros que não são lidos - até apetrechos e tecnologias desnecessárias. Também mostra que a fortuna, o prestígio, a aclamação e a amizade com as pessoas das classes mais importantes não traz felicidade. Neste cenário de riqueza, o Príncipe (Jacinto), deixa-se ser levado pelo tédio e pela filosofia de um dos filósofos mais importantes: o Pessimismo de Arthur Schopenhauer.

O segundo bloco se contrapõe ao primeiro. Nele o protagonista encontra-se em Tormes, Portugal, e sofre uma inesperada metamorfose nas Serras. Ele sente-se, então, ligado à natureza de uma forma muito íntima e familiar. Jacinto é de uma cultura superior, aos portugueses da Serra, e pela primeira vez tendo ele contato com a pobreza, que jamais avistara antes, fica incrédulo com aquilo. Portanto ele investe nos servos, aumenta salários, investe em escolas e creches. No campo, o homem encontra as suas raízes, o entusiasmo para a vida, o Otimismo e, de certa forma, a sua felicidade. Lá, em Tormes, ele ganha a Alcunha de "O Pai dos Pobres".

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